Bem-vindo ao blog do Laboratório de Bioinformática Estrutural (LaBiE) da ULBRA

Laboratório vinculado ao Curso de Química e ao Programa de Pós-Graduação em Genética e Toxicologia Aplicada (PPGGTA) da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra)
Localização:
Av. Farroupilha, 8001 - Prédio 01, Sala 122 - Bairro São José, Canoas/RS
CEP: 92425-900 - Tel: +55(51)34774000 ext 2774

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pós-Doutorado na área de Bioinformática em Porto Alegre

O Programa de Pós-Graduação em Patologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) está selecionando dois (2) candidatos para bolsa de Pós-Doutorado para trabahar no desenvolvimento do projeto "Emprego de ferramentas de Bioinformática para o estudo de vírus patogênicos humanos – Análise filogenética e relação entre carga viral e evolução do quadro clínico."

Período e local da seleção: de 16 a 19 de novembro de 2010, na UFCSPA – Rua Sarmento Leite,
245 – Porto Alegre-RS – (51) 3303-8763

Os interessados deverão enviar um e-mail para anabgv@ufcspa.edu.br, contendo CV Lattes e
Memorial Descritivo, e agendar entrevista.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Toxinologia: XXVIII Workshop Tematico CAT/Cepid

O 28º Workshop Temático CAT/Cepid, do Centro de Toxinologia Aplicada, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da FAPESP, será realizado no dia 4 de novembro de 2010, das 9h às 17h, no Auditório do Museu Biológico do Instituto Butantan, em São Paulo.

Com o tema “Perspectivas em biologia de sistemas”, o encontro abordará as áreas de genômica, transcriptômica, proteômica, bioinformática e integração de dados, desenho de redes e modelagem.

Não há necessidade de inscrição para participação no workshop. Os organizadores são os pesquisadores Júlia Cunha, Solange Serrano e Hugo Armelin.

“Re-sequencing of tumor genomes: a systems biology perspective”, com Sandro de Souza, do Instituto Ludwig,

“Non-coding RNAs as regulators of cell functions”, com Sérgio Verjovski-Almeida, da Universidade de São Paulo,

“Roles of the ubiquitin-proteasome system in cellular regulation and protein quality control”, com Claudio Joazeiro, do The Scripps Research Institute (Estados Unidos),

“Peroxisome biogenesis – A systems approach”, com Ramsey Saleem, do Institute for Systems Biology (Estados Unidos), serão algumas das palestras.

Mais informações: (11) 3726-7222 – ramal 2042.

LNCC e UFRGS promovem simpósio sobre computação de alto desempenho

22ª edição do International Symposium on Computer Architecture and High Performance Computing (SBAC-PAD 2010) acontece entre 27 e 30 de outubro, em Itaipava, distrito de Petrópolis (RJ)

O evento é organizado por ação conjunta entre o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCT) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Ao todo, 350 pesquisadores, professores e estudantes participam do simpósio.

Um dos coordenadores do SBAC-PAD, o cientista Bruno Schulze (LNCC) comenta que o encontro é de grande relevância para os atuais e futuros profissionais da área, pois tradicionalmente reúnem-se alguns dos maiores nomes que contribuem para o desenvolvimento da computação de alto desempenho. Por exemplo, este ano comparecem Willian D. Gropp, da Universidade de Illinois Urbana-Champaign (Estados Unidos), César Gonzales, da IBM, e Rafaelle Tripiccione, da Università di Ferrata.

"A participação de grandes nomes mundiais, a alta qualidade do trabalho e o relativo baixo índice de aceitação dos artigos são aspectos que fazem do SBAC PAD um evento capaz de proporcionar grandes avanços da computação de alto desempenho", comenta Schulze. "Vemos, aqui, o alto padrão de exigência da comissão julgadora, formada basicamente por 61 cientistas brasileiros, norte-americanos e europeus", observa.

Outras atividades serão promovidas paralelamente ao SBAC-PAD. Entre elas, o Simpósio em Sistemas Computacionais (WSCAD-SSC), um fórum de discussão sobre recentes desenvolvimentos em arquitetura de computadores, processamento de alto desempenho e sistemas distribuídos.

Já a 5ª Maratona de Programação Paralela vai promover competição entre equipes formadas por três membros cada, que terão um computador para solucionar, em cinco horas, nove problemas sobre desafios relacionados à programação paralela e distribuída.

A SBPC também integra as atividades do SBAC-PAD 2010, com o workshop "Challenges In eScience", que acontece no dia 29 de outubro. O evento vai reunir cientistas e outros profissionais para discutir as últimas realizações das aplicações da chamada eCiência.

Além de apresentação de artigos, o workshop terá palestras proferidas por: Eric K. Neumann, director executivo do Clinical Semantics Group; Geoffrey Charles Fox, da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos; Pedro Leite da Silva Dias, diretor do LNCC/MCT; e Philippe Cudre-Mauroux, do Database Systems, do MIT.

Mais informações: http://www.sbc.org.br/sbac/

(Assessoria de Comunicação do LNCC)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

II Semana de Estudos em Biotecnologia - Uergs

INTRODUÇÃO A BIOINFORMÁTICA

Material de aula

26 de outubro
27 de outubro

"Indústria farmacêutica tem controle total sobre pesquisas", entrevista com Carl Eliott

Interesses de laboratórios comandam quase tudo na saúde, afirma Carl Elliot, professor de bioética na Universidade de Minnesota e autor de livro sobre o lado negro da medicina

Em 1989, Len iniciou residência médica em psiquiatria, após terminar a faculdade em Harvard. Trazia no currículo excelentes notas. Mas Len era uma farsa. Nunca esteve em Harvard. Era funcionário de um laboratório. A história, real, parece conto infantil perto de outras que surgem nas 224 páginas de "White Coat, Black Hat -Adventures on the Dark Side of Medicine" (jaleco branco, chapéu preto: aventuras no lado negro da medicina), do médico Carl Elliot, professor de bioética e filosofia na Universidade de Minnesota.

Uso de "cobaias humanas" em estudos científicos obscuros, médicos sendo "porta-vozes" da indústria farmacêutica em troca de altas somas, doutores influentes que assinam artigos de escritores-fantasmas. A lista de falcatruas parece não ter fim.

Elliot, 49, um dos principais nomes da bioética nos EUA, não promete imparcialidade na sua obra. "Meu interesse é no que tem de errado. Construímos um sistema médico em que o ato de enganar não é apenas tolerado, mas recompensado", afirmou à Folha o autor de outros seis livros na área. Nos últimos cinco anos, uma série de obras vem revelando que a indústria farmacêutica escapou a todo controle. Tem influência quase ilimitada sobre a educação, a pesquisa e os médicos.

Pergunto a Elliot se os laboratórios não têm nada de bom, se são tão sombrios assim como ele pinta no livro. Ele não titubeia: "Sombrios? Deixei de fora os trechos mais desmoralizantes." A seguir, trechos da entrevista dada à Folha, por e-mail:

- A imagem heroica da indústria, associada a drogas como a penicilina e insulina, parece ter ruído após tanto escândalos e poucas descobertas. A glória acabou?

A penicilina não foi desenvolvida por uma indústria. Alexander Fleming a desenvolveu no St. Mary's Hospital, em Londres. E o trabalho crucial para a insulina foi feito na Universidade de Toronto. O problema hoje é que temos um sistema de desenvolvimento de drogas orientado para o mercado e não para as coisas que as pessoas doentes precisam.

- Você relata várias monstruosidades cometidas em ensaios clínicos. Isso ainda ocorre com frequência?

A maioria dos medicamentos ainda é testada em pessoas pobres, especialmente nos estágios iniciais. Muitas pessoas não iriam se voluntariar para tomar remédios não testados, durante três semanas, sem receber pagamento. Esses voluntários são pessoas que precisam desesperadamente de dinheiro.

- Qual o futuro do relacionamento entre a indústria farmacêutica e os médicos?

A solução que vem sendo instituída aqui, nos EUA, é a transparência. Médicos podem aceitar todo dinheiro que quiserem, desde que não escondam isso. Mas meu palpite é que isso vai normalizar a prática. Não parece haver vergonha em tirar dinheiro do setor. Na verdade, ser escolhido para ser "líder" entre os médicos, pago pelo setor, é visto como uma honra.

- Então, transparência também não resolve?

Transparência importa, mas não é a solução. Propina é propina, mesmo se é recebida a céu aberto. A solução é eliminar os pagamentos, tal como fizemos com os juízes, jornalistas e policiais.

- Médicos dizem ser impossível fazer estudos ou congressos sem a indústria. Verdade?

Não é verdade. Eventos médicos podem ser feitos sem dinheiro da indústria. Ensaios clínicos já são mais complicados. O problema é que a indústria tem controle total sobre as pesquisas. Ela enterra os resultados negativos a fim de tornar as drogas melhores do que são. Isso não é ciência, é marketing.

- É possível que médicos aceitem brindes da indústria e continuem independentes?

Médicos nunca pensam que são influenciados por dinheiro ou presentes. Mas temos 20 anos de dados mostrando que eles são, sim.

- A única solução seria cortar todas as relações entre médicos e laboratórios?

Há colaborações aceitáveis. Mas se um médico é pago só para ler um conjunto de informações da indústria ou permitir que seu nome seja adicionado a um artigo escrito por fantasmas, esse tipo de pagamento tem que ser eliminado. Conversei com um representante de laboratório que construiu uma piscina para um médico só para levá-lo a prescrever mais receitas. Como alguém justifica isso?

(Claudia Colucci)

(Folha de SP, 24/10)